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Jogos a preço de ouro? Nintendo, PlayStation e a alta que está sacudindo o bolso dos gamers em 2025!

A indústria precisa equilibrar lucro e acessibilidade, e talvez seja hora de grandes publishers repensarem suas estratégias de precificação em mercados como o Brasil, onde o público é apaixonado, fiel, mas também enfrenta desafios econômicos reais.

Se você é fã da Nintendo ou da PlayStation e foi dar aquela olhadinha na loja digital neste ano, provavelmente levou um susto. Em 2025, os preços dos jogos atingiram um novo patamar.

Com lançamentos ultrapassando com folga a marca dos R$ 350 (e em alguns casos chegando a R$ 400 ou mais), a pergunta que fica é: até onde vai esse aumento, e o que ela significa para o mercado e para os gamers?

Tanto a Nintendo quanto a PlayStation já vinham ajustando os preços ao longo dos últimos anos, especialmente com a chegada dos consoles de nova geração e a valorização do dólar. Mas em 2025, essa tendência se intensificou. Jogos como The Legend of Zelda: Echoes of Time e Marvel’s Spider-Man: Legacy chegaram com preços salgados até mesmo nos mercados internacionais, e no Brasil, o impacto é ainda maior.

Com a cotação do dólar em alta e impostos ainda pesando sobre produtos de entretenimento digital, os preços nas lojas oficiais não apenas cresceram, como se distanciaram ainda mais da realidade financeira de muitos consumidores.

O reflexo imediato é a mudança de comportamento do jogador. Muita gente está adiando compras, buscando promoções agressivas, voltando a comprar mídia física usada ou até mesmo recorrendo a alternativas não muito legais (sim, a pirataria voltou à pauta em muitas conversas).

Além disso, a diferença entre quem pode acompanhar os lançamentos e quem não pode está cada vez mais evidente. O hype de um novo título acaba sendo experienciado por uma parcela menor da comunidade, o que divide o público e esfria discussões em tempo real.

Bom para os streamers, que possuem mais visualizações em seus vídeos pelos curiosos de plantão que adorariam testar os jogos, mas não possuem verba suficiente para adquiri-lo. Mas e o público geral? Como alcança o tão sonhado jogo e se diverte no processo?

Curiosamente, o cenário abre espaço para outras formas de acesso. Serviços como o PlayStation Plus Extra e Deluxe ganham protagonismo, oferecendo catálogos mais robustos por uma assinatura mensal, uma solução mais em conta para muitos jogadores. No entanto, a Nintendo, que historicamente resiste a esse modelo mais aberto, segue gerando o desconforto dos fãs, já que os jogos da Big N raramente entram em promoção e dificilmente chegam a serviços de assinatura.

Com os preços dos AAA lá no alto, os jogos independentes têm conquistado mais atenção. A faixa de R$ 20 a R$ 80 parece muito mais atrativa hoje, e muitos desses títulos entregam experiências criativas, únicas e que não deixam a desejar em diversão. Plataformas como o Steam e até mesmo o Nintendo Switch têm visto um aumento nas buscas por jogos “alternativos”, mas com qualidade.

O acesso à cultura pop, à arte e ao lazer não pode ser tratado como um privilégio. Quando os preços se tornam barreiras intransponíveis, todo o ecossistema sofre, do desenvolvedor ao fã, passando pelas comunidades que alimentam o amor por cada franquia.

A indústria precisa equilibrar lucro e acessibilidade, e talvez seja hora de grandes publishers repensarem suas estratégias de precificação em mercados como o Brasil, onde o público é apaixonado, fiel, mas também enfrenta desafios econômicos reais.

Você também sentiu o impacto no bolso? Comente com a gente, quais jogos você deixou de comprar esse ano e quais alternativas encontrou. Afinal, gamer que é gamer sempre dá um jeito, mas nem sempre deveria precisar dar um jeitinho.

Bruna Araujo
Bruna Araujo
Criadora de conteúdo desde 2019, Bruna já entrevistou mais de 100 artistas globais para diferentes sites, trabalhou no 5° maior podcast nerd do país e fez cobertura de grandes eventos da cultura pop como, gamescom latam, Anime Friends, BGS, D23 Brasil e CCXP.

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