O quarto episódio da segunda temporada de Gen V, intitulado “Bags”, chegou ao Prime Video hoje (24) e deixou claro que a calmaria não tem vez em Godolkin University. Se até agora os estudantes estavam tentando entender o tamanho da manipulação da Vought, desta vez ficou evidente que o verdadeiro jogo é muito mais sombrio, e Dean Cipher está no centro de tudo.
A trama começa com Cipher exigindo uma “solução” para os recentes conflitos: transformar Marie e Jordan em peças de espetáculo. Ele arma uma luta pública entre os dois, transmitida para o mundo inteiro, e ameaça mandá-los de volta para Elmira se não aceitarem. O peso dessa chantagem recai não só sobre eles, mas sobre todo o grupo, que se vê cada vez mais preso às marionetes do reitor.

Enquanto isso, Marie, Jordan, Emma e Cate tentam contra-atacar, invadindo a casa de Cipher em busca de provas que possam expor suas intenções. O que eles encontram, no entanto, é um segredo perturbador: um homem idoso, gravemente queimado e mantido vivo dentro de uma câmara hiperbárica. O mistério em torno dessa figura deixa ainda mais claro que Cipher esconde algo muito maior do que parecia.
Paralelamente, vemos Marie sendo obrigada a treinar de maneiras bizarras sob a supervisão de Cipher. Primeiro, ela precisa mover bolsas de sangue sem deixá-las estourar, e depois enfrenta uma situação quase grotesca ao ser forçada a praticar em uma cabra batizada ironicamente de “Elon Musk”. Como era de se esperar, a experiência termina de forma cruel, revelando o quão distorcida é a noção de “ensino” de Cipher.

O grande clímax chega durante o embate no ringue. O plano do grupo era capturar uma confissão de Cipher em vídeo, mas tudo dá errado quando ele descobre uma câmera escondida. É nesse momento que ele finalmente revela seu poder: a capacidade de controlar alguém apenas com o olhar. Jordan é o primeiro a cair sob esse domínio, transformado em marionete viva contra a própria vontade. Cipher usa a habilidade para obrigá-lo a atacar Marie, transformando o que deveria ser apenas uma exibição em um espetáculo perverso de manipulação psicológica.
A luta é intensa e angustiante, principalmente porque Marie precisa usar sua habilidade ao limite para se defender, chegando ao ponto de manipular o sangue de Jordan, fazendo-o flutuar. O peso desse momento é enorme, não apenas pela brutalidade da cena, mas pelo terror de Marie ao perceber até onde pode ir quando perde o controle.

“Bags” mostra que os maiores perigos da série não vêm só de superpoderes destrutivos, mas de quem sabe manipular mentes e contextos. Cipher não é um vilão comum: ele joga no campo psicológico, transforma aliados em armas e mostra que o poder real está em quem controla a narrativa.
Com esse episódio, Gen V prova novamente que não se contenta em ser apenas um spin-off de The Boys. Aqui, cada luta é mais do que socos e explosões, é um espelho quebrado da forma como poder e espetáculo caminham juntos. Se você ainda não está acompanhando, este episódio é a prova de que vale mergulhar: afinal, em Godolkin, ninguém luta apenas contra inimigos visíveis… mas também contra os próprios limites e contra quem puxa as cordas nos bastidores.



