Gachiakuta é uma das grandes promessas da temporada de animes e já chegou com força total na Crunchyroll esta semana. Mas afinal, o que achamos do primeiro episódio? E o que será que podemos esperar dos próximos capítulos?
*Esse texto contém spoilers do primeiro episódio do anime e da sequência vista no mangá original. CUIDADO!
Se você curte animes com estética marcante, pancadaria de respeito e uma boa dose de crítica social, pode parar o que está fazendo e dar o play em Gachiakuta. A mais nova aposta da Crunchyroll estreou com um episódio poderoso, que já deixa claro: vem coisa grande por aí.

A história se passa em um mundo dividido entre a elite privilegiada que vive na cidade flutuante Sphere, e os chamados “marginalizados”, que são jogados — literalmente — num abismo conhecido como Poço, um lugar tomado por lixo e criaturas deformadas chamadas de “bestas de lixo”. E é nesse cenário caótico que conhecemos o protagonista Rudo.
Rudo é um jovem acusado injustamente de assassinar seu pai adotivo. E como se já não bastasse a dor da perda, ele é jogado sem dó nem piedade no Poço, onde o episódio termina, nos deixando no maior suspense. Mas quem já leu o mangá sabe que as coisas ficam ainda mais interessantes: é ali, no fundo do poço (literalmente), que Rudo começa a descobrir que não é um garoto qualquer — ele possui a habilidade de dar vida a objetos descartados, criando armas com o que antes era lixo. Esses objetos são chamados de Vital Instruments. Sim, você leu certo: o cara transforma lixo em poder.

Além da ação e da ambientação sombria, o anime traz um toque leve (e inesperado) de romance. Rudo nutre sentimentos por uma garota da elite, e essa faísca de humanidade em meio ao caos funciona quase como um lembrete de que ainda há algo a se salvar nesse mundo distorcido.
Visualmente, Gachiakuta é um espetáculo à parte. A estética urbana, os traços rabiscados em momentos de tensão e a direção de arte que mistura grafite com um tom sombrio dão personalidade forte à animação. Tudo contribui para criar uma atmosfera suja, opressora e, ao mesmo tempo, hipnotizante. Cada cena parece gritar — de forma visual — a revolta contida nos personagens.
O primeiro episódio entrega emoção, tensão e uma ambientação rica, tudo isso sem perder o ritmo. E mesmo que ainda não saibamos exatamente para onde o anime vai nos levar, uma coisa é certa: a estreia foi triunfal. Quem assistir dificilmente vai conseguir parar por aí.

Se você estava esperando uma nova obsessão da temporada, pode ter certeza que Gachiakuta já entrou nessa lista.
O anime é uma adaptação feita pelo Studio Bones (Fumihiko Suganuma na direção, Hiroshi Seko no roteiro, e Taku Iwasaki na trilha sonora), que estreou no Japão em 6 de julho de 2025, e segue em andamento com transmissão simultânea na Crunchyroll aqui no Brasil.
A adaptação vem do mangá de Kei Urana (arte) e Hideyoshi Andou (grafite), publicado desde fevereiro de 2022 na Weekly Shōnen Magazine, com 15 volumes publicados até junho deste ano, e agora, veremos em cores, o grande potencial dessa história. Preparados para viver uma nova aventura nas telas?



