Se você esperava pancadaria, sangue e caos no episódio 9 de Gachiakuta, pode ter ficado surpreso com o que veio neste domingo. A série deu uma pausa na brutalidade para respirar arte, literalmente. Em vez de porradaria, fomos levados a Canvas Town, uma cidade que é praticamente uma galeria a céu aberto, onde cada muro grita liberdade criativa e cada traço de grafite pulsa como se tivesse vida própria.
O episódio serviu quase como uma homenagem a Gob, o lendário Giver, cuja morte ainda ecoa no submundo de Gachiakuta. Mas foi também um convite para conhecermos Remlin Tysark, a sucessora de Gob, que chegou cheia de energia, espontaneidade e aquela aura de “ainda vou te surpreender muito, Rudo”. Sua presença acendeu um contraste interessante: se Gob era mais contemplativo, Remlin é pura vibração, como se fosse um spray de tinta agitado prestes a explodir em cor.

E não pense que esse episódio foi só estética. Gachiakuta nos lembrou que a beleza da arte convive com a feiura do mundo. A poluição segue sendo uma ameaça real, e a cidade colorida também carrega sua dose de perigo para quem anda por ali sem proteção. É aquele típico equilíbrio do anime: encantar com os olhos enquanto cutuca a ferida social.
No geral, o capítulo foi menos “ação desenfreada” e mais “poesia visual”. Uma transição bem-vinda para dar fôlego antes do próximo mergulho no caos.
Se a calmaria reinou neste domingo, já podemos apostar que a próxima semana vai virar o jogo. Os indícios apontam para novos momentos épicos com Remlin ganhando espaço. A nova personagem parece ter muito mais a mostrar, e seu jeito irreverente deve colocar Rudo e os Cleaners em situações tanto cômicas quanto desafiadoras.
Outro ponto à ficar de olho, é o conflito retomado. A narrativa não deve demorar a voltar para os embates contra os monstros e a realidade implacável do lixão.
E por fim, mas não menos importante, os segredos de Gob devem ser revelados. O episódio 9 deixou no ar que o legado de Gob ainda esconde algumas camadas, e talvez Remlin seja a chave para revelar mais desse passado.
Portanto, se o episódio 9 foi um mural colorido que acalmou os ânimos, o 10 promete ser o spray na cara: intenso, inesperado e com cheiro de confusão.
Gachiakuta segue provando que não é só mais um anime de ação: é uma obra que mistura sujeira, violência e poesia urbana em doses perfeitas. E agora que já respiramos arte, é hora de voltar a sujar as mãos.



