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Crítica Jurassic World – Recomeço: A fórmula jurássica que (ainda) funciona

A nova aposta da franquia abandona de vez o parque controlado e mergulha na natureza indomável, combinando ação eletrizante com a velha fórmula que continua conquistando fãs.

Jurassic World: Recomeço traz de volta às telonas o universo jurássico criado por Michael Crichton, mas de uma forma que ainda não conhecemos. Desde 1993, quando Jurassic Park estreou, acompanhamos histórias sobre cientistas e milionários que ressuscitam dinossauros para transformá-los em atrações de um parque, e, claro, as inevitáveis consequências desse empreendimento ousado.

Dessa vez, porém, o novo filme nos apresenta de fato a um “mundo jurássico” (Jurassic World), deixando de lado o ambiente “controlado” para mostrar os animais em seu habitat natural.

A fórmula da franquia é clara: milionário ganancioso + cientista fascinado + crianças em perigo + dinossauros fora de controle = suspense e ação. E é justamente aí que reside o segredo do sucesso. Muitos podem considerar os roteiros previsíveis ou genéricos, mas essa repetição é o que mantém os fãs fiéis. Afinal, previsível ou não, funciona.

Jurassic World: Recomeço acompanha Zora Bennett (Scarlett Johansson), uma especialista em operações secretas que lidera uma missão arriscada para coletar material genético de dinossauros em uma ilha remota e perigosa. Ao seu lado estão o paleontólogo Dr. Henry Loomis (Jonathan Bailey) e o agente Duncan Kincaid (Mahershala Ali). O local, um antigo centro de pesquisas do Jurassic Park, abriga espécies abandonadas, incluindo três colossais criaturas cujo DNA contém uma substância de valor inestimável.

Desta vez, a fórmula recebe um toque especial ao colocar um grupo de mercenários como protagonistas e dinossauros geneticamente modificados como ameaças. Todo o restante permanece fiel à essência da franquia, mas a missão e o cenário diferentes resgatam o suspense que havia se perdido em meio à ação excessiva dos últimos filmes de Jurassic World.

Vamos combinar: inovador mesmo foi o primeiro Jurassic Park, que no início dos anos 90 conquistou uma legião de fãs ao apresentar o temível parque dos dinossauros. O que veio depois foram sequências para manter vivo o interesse desse público, explorando as consequências do descontrole dos animais.

Em 2015, quando a franquia retornou após anos de pausa, o fator nostalgia foi decisivo para atrair o público ao cinema, curiosos para ver o filme estrelado por Bryce Dallas Howard e Chris Pratt. No entanto, a mesma fórmula acabou sendo reproduzida nas sequências seguintes.

Eu, não apenas como fã da franquia, mas também como apaixonada por cinema, posso afirmar que gostei muito do filme. Alguns filmes são feitos para serem sentidos, não para serem dissecados como se fossem obras indie. E posso dizer que o suspense e as cenas de ação deste filme funcionam perfeitamente. Afinal, não fui só eu: a maioria das pessoas na sala estava literalmente na beirada da cadeira, roendo as unhas de tensão.

Jurassic World: Recomeço estreia dia 3 de Julho 

Ficha técnica:

Jurassic World: Recomeço (2025) – Estados Unidos
Direção: Gareth Edwards
Roteiro: David Koepp, Emily Carmichael
Criação dos personagens: Michael Crichton
Edição: Dylan Tichenor
Fotografia: Greig Fraser
Design de Produção: Rick Carter
Trilha Sonora: Michael Giacchino
Elenco: Scarlett Johansson, Jonathan Bailey, Mahershala Ali

Carol Fung
Carol Fung
Contando histórias sobre quem conta histórias

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