O aguardado Demon Slayer: Castelo Infinito chega aos cinemas brasileiros amanhã, no dia 11 de setembro, e já carrega uma polêmica: a classificação indicativa de 18 anos. A decisão surpreendeu muitos fãs, já que até então a franquia sempre se manteve entre as faixas etárias de 14 a 16 anos, mesmo apresentando batalhas sangrentas e momentos de forte tensão. Mas será que a classificação indicativa do filme é justa ou é um exagero?
Segundo informações divulgadas, a nova classificação está relacionada principalmente à intensidade das cenas de violência e brutalidade presentes no longa. O arco do Castelo Infinito é considerado um dos mais sombrios e violentos de todo o mangá, trazendo confrontos viscerais entre Hashiras e Luas Superiores, além de momentos que exploram o desespero e a crueldade de Muzan.
Diferente das temporadas anteriores, o filme não alivia no tom: há mais sangue em tela, batalhas mais longas e coreografadas de forma explícita, além de mortes retratadas de maneira crua e emocionalmente carregadas. Para os órgãos de classificação, isso foi suficiente para elevar a faixa etária.

Entre os fãs, as opiniões estão divididas. Muitos acreditam que o selo +18 é um exagero, já que animes com violência gráfica semelhantes receberam classificações mais brandas. Para esse público, a medida pode afastar uma parte considerável da audiência jovem que acompanha a franquia desde o início.
Por outro lado, há quem defenda a decisão. Afinal, a obra realmente mergulha em uma atmosfera mais pesada, com batalhas que não economizam em impacto visual e emocional. Para esses fãs, a classificação não diminui o alcance da produção, mas reforça o cuidado em tratar o conteúdo de forma responsável.
Independente da polêmica, a equipe do Papo Geek conferiu o longa na pré-estreia e, de fato, percebemos que a brutalidade e a carga emocional estão muito mais intensas do que nas temporadas anteriores do anime.
Se antes cenas de decapitações já faziam parte da “normalidade” de Demon Slayer, agora o nível sobe consideravelmente. O filme traz sequências fortes que envolvem crianças cometendo atos de violência, pais tirando a própria vida, adultos agredindo menores, além de duelos sangrentos e batalhas de espadas ainda mais brutais.
Para além da violência gráfica, o peso emocional é o que realmente balança o público. As situações são retratadas de forma tão crua e direta que é impossível não se colocar no lugar dos personagens e compreender — ainda que com choque — as atitudes extremas que eles tomam.

Diante desse contexto, é compreensível a frustração de muitos jovens fãs por não poderem assistir ao longa nos cinemas. Ainda assim, talvez seja prudente que os pais assistam primeiro e avaliem se esse conteúdo, claramente adulto, é adequado para seus filhos.
Se a decisão vai afetar ou não a bilheteria, só o tempo dirá. O fato é que a polêmica aumentou ainda mais a curiosidade em torno do longa.
No fim das contas, Demon Slayer: Castelo Infinito não é apenas mais um capítulo da jornada de Tanjiro, é uma obra que desafia limites, tanto técnicos quanto emocionais. A classificação +18 pode até dividir opiniões, mas uma coisa é certa: este é o arco que coloca a franquia em um novo patamar, provando que animes podem ser tão intensos, brutais e inesquecíveis quanto qualquer grande produção do cinema mundial.



