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Elden Ring Nightreign: Ambicioso, divertido, mas sobreviverá ao tempo?

Análise: O que achamos do novo Elden Ring: Nightreign?

Elden Ring, lançado em 2022, foi um jogo divisor de águas para os jogos Soulslike. Com um escopo muito maior em relação a todos os outros títulos da FromSoftware, trata-se de um jogo de mundo aberto, com um mapa vasto que pode ser explorado da maneira que o jogador quiser. Sem dúvida, representa uma evolução impressionante em relação ao design de mundo aberto visto na série Souls, além de oferecer inúmeras possibilidades de builds para os jogadores.

O jogo conta com 238 chefes, e a DLC Shadow of the Erdtree, lançada em 2024, acrescentou mais 83 chefes. Conteúdo é o que não falta em Elden Ring. Criado em colaboração com George R.R. Martin (Game of Thrones e House of the Dragon) e Hidetaka Miyazaki, o criador do universo Souls, o jogo transborda criatividade com sua história fenomenal.

No The Game Awards 2024, poucos dias depois de Hidetaka Miyazaki afirmar que “não pretendia lançar mais conteúdo de Elden Ring por um tempo“, fomos surpreendidos com o anúncio de Elden Ring: Nightreign.

A primeira pergunta que passou pela cabeça de todos foi: “O que é esse jogo?“. Foi apresentada uma proposta totalmente diferente dos jogos Souls que a FromSoftware costuma lançar. Um jogo multiplayer para até três pessoas, misturando gêneros como Rogue, Battle Royale e, claro, o Soulslike.

Trata-se de um projeto muito ambicioso, que não está sob a supervisão de Miyazaki – algo que a fanbase costuma ver com desconfiança, devido a certos eventos que já aconteceram no passado.

Agora chegamos ao ponto principal: o Network Test/Beta de Elden Ring: Nightreign, que ocorreu entre os dias 14 e 17 de fevereiro, permitindo que os jogadores testassem o jogo.

E o que dizer sobre esse jogo?

Primeiro: como mencionado anteriormente, trata-se de um jogo multiplayer que pode ser jogado solo ou em grupo de três pessoas (não é possível jogar em duplas, apenas sozinho ou com um time completo de três jogadores). Vale lembrar que, no beta, apenas a opção para três jogadores estava disponível.

Durante o beta, quatro classes estavam disponíveis: Wylder, Guardian, Duchess e Sorcerer. Cada uma possui uma especialidade, uma habilidade padrão e uma habilidade ultimate. Minha favorita foi a Duchess, focada em um combate mais ofensivo e com grande capacidade de causar dano rapidamente. No entanto, as classes não são totalmente restritivas, pois é possível usar armas de outras classes normalmente.

Após escolher seu personagem, os jogadores são lançados no mapa ao melhor estilo Fortnite e devem se unir para enfrentar chefes durante três noites. Outra influência do Battle Royale é o círculo que se fecha com o passar do tempo, direcionando os jogadores ao chefe principal da noite.

Ao fim de cada noite, um novo chefe aparece e, ao derrotá-lo, você avança para o próximo dia. No final do segundo dia, os jogadores são teleportados para o reino do Senhor da Noite e, após vencê-lo, retornam à Mesa Redonda, que funciona como ponto de partida. A partir daí, tudo recomeça, seguindo a essência de um bom roguelike.

Segundo: o jogo é muito divertido e nostálgico. Um dos chefes que encontrei foi o Demônio-Centopeia, um inimigo de Dark Souls 1, e ele está completamente diferente – seu moveset foi reformulado. Ver esse chefe depois de 13 anos do lançamento de Dark Souls com sua trilha sonora original me deixou sem palavras e cheio de esperança por um possível remake do primeiro Dark Souls nos moldes de Demon’s Souls (2020). Como já vimos nos trailers, teremos outros chefes da saga Souls para matar a saudade e lembrar como são desafiadores.

O único problema foi enfrentar diversas quedas de conexão com o servidor durante as runs (o que é comum em um beta de jogo multiplayer). Mas, como um fã insistente, tentei várias vezes até conseguir conectar – e, finalmente, derrotar o Senhor da Noite.

Agora, minha maior preocupação com esse jogo é se ele conseguirá se manter a longo prazo. O jogo está sendo vendido por R$ 199,50 nos consoles, R$ 50 a menos que o preço da DLC. Um jogo desse estilo ser lançado com um preço consideravelmente alto em 2025 me faz duvidar de sua longevidade, mesmo sendo Elden Ring.

Contudo, não posso negar que tive boas horas de diversão com o beta e estou aguardando ansiosamente o lançamento oficial em 30 de maio de 2025. Se você teve uma boa experiência com Elden Ring, adorou o jogo e sua DLC, com certeza vai gostar de Elden Ring: Nightreign, pois traz ainda mais conteúdo para esse universo incrível que já tivemos o prazer de explorar.

Texto e experiência de jogo por: Luis Silva

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