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SOL DE INVERNO, novo longa do diretor Hiroshi Okuyama, chega aos cinemas em 16 de janeiro

Inspirado pela canção "Boku no Ohisama", longa do cineasta japonês chega aos cinemas brasileiros em 16 de janeiro.

SOL DE INVERNO, novo longa do diretor Hiroshi Okuyama, chega aos cinemas em 16 de janeiro, com distribuição da Michiko Filmes. Doce e cheio de carisma, o filme acompanha a história do pequeno Takuya (Keitatsu Koshiyama) que, aos 9 anos, descobre na pista de patinação uma paixão inesperada ao assistir às coreografias graciosas da jovem Sakura (Kiara Takanashi).

Atento ao interesse do menino, o treinador Hisashi Arakawa (Sôsuke Ikematsu), ex-campeão da patinação artística, decide acolhê-lo e treiná-lo como parceiro de Sakura. Mais do que ensiná-lo, porém, a atitude do professor provoca o desabrochar destes três personagens, levando-os a formar um laço profundo e simbólico.

Essa premissa, embora simples, ganha contornos mais profundos nas mãos do jovem cineasta japonês. Não à toa, com apenas dois filmes no currículo, Hiroshi Okuyama já é comparado com o aclamado Hirokazu Kore-eda, diretor responsável por longas como Monster Assunto de Família, tamanha a destreza e delicadeza que demonstra para conduzir o trabalho de atores mirins.

Essa sensibilidade aguçada não é banal, muito menos acidental em SOL DE INVERNO. Afinal de contas, a história do pequeno protagonista reflete algumas experiências reais do diretor que, como seu personagem principal, também foi apresentado à patinação artística na infância. “Estava apenas seguindo minha irmã mais velha, que tentava se tornar uma atleta”, afirmou. “Lembro de ver garotas que eram brilhantes patinando e pensar que gostaria de dançar como elas. Igualzinho ao Takuya.”

Os paralelos entre personagem e idealizador não param por aí. Quando criança, o diretor tinha um tique, que o fazia involuntariamente limpar sua garganta, e este foi o ponto de partida para que Takuya gaguejasse no filme. Mas, aqui, Hiroshi Okuyama não simplesmente repetiu sua vivência em tela. Pelo contrário: deu ao protagonista o cuidado que gostaria de ter recebido dos colegas de classe.

“Naquela época, tudo o que eu queria era que me deixassem em paz, em vez de ficarem me imitando ou me dando apelidos estranhos”, lembrou. “[Por isso] Queria que Takuya tivesse um melhor amigo que nunca mencionasse sua gagueira, nem a tornasse uma questão.”

Embora seja explícita a conexão pessoal do cineasta a temas e situações de SOL DE INVERNO, ele garante que a trama não é em nenhuma medida autobiográfica. “O filme reflete minhas experiências de vida, mas elas pertencem somente ao contexto do filme. O roteiro mesmo não é baseado em fatos, diferentemente do meu trabalho anterior, ‘Jesus’. Tudo o que Takuya vive é uma criação original.”

Tanto é assim que, mesmo que seu desejo de fazer um longa sobre patinação artística fosse antigo, o projeto só tomou forma quando Hiroshi Okuyama descobriu a música “Boku no Ohisama” (“My Sunshine”), da dupla folk Humbert Humbert. Sua influência na história de SOL DE INVERNO é tanta que o diretor até convidou um dos membros do grupo, Ryosei Sato, para assinar a trilha sonora do filme.

Contudo, tão importante quanto a música, foi conhecer Sōsuke Ikematsu. “Me convenci que se eu conseguisse traduzir seu charme na telona, eu conseguiria fazer um filme”, contou.

SOL DE INVERNO estreia nos cinemas em 16 de janeiro, com distribuição da Michiko Filmes.

Bruna Araujo
Bruna Araujo
Criadora de conteúdo desde 2019, Bruna já entrevistou mais de 100 artistas globais para diferentes sites, trabalhou no 5° maior podcast nerd do país e fez cobertura de grandes eventos da cultura pop como, gamescom latam, Anime Friends, BGS, D23 Brasil e CCXP.

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