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Crítica | Dan Da Dan – Evil Eye Arc: um mergulho no drama e no sobrenatural.

Nova fase explora traumas, maldições e dilemas emocionais sem abrir mão do humor e da ação

A primeira temporada de Dan Da Dan chegou como uma excelente surpresa para os espectadores. Com uma abertura incrível, uma história cativante, repleta de drama e comédia, consolidou-se, sem dúvidas, como uma das melhores produções de 2024.

Agora, no dia 19 de julho, teremos a exibição antecipada dos cinco primeiros episódios da segunda temporada, que adapta o Evil Eye Arc.

Ao final da primeira temporada, já foram exibidos dois episódios que fazem parte desse arco, encerrando com um gancho poderoso para a nova fase. Esses episódios estarão novamente presentes no filme. Um ponto positivo é que não é obrigatório ter assistido à primeira temporada para compreender a trama, já que o início traz um excelente resumo dos acontecimentos anteriores. Contudo, quem assistiu à temporada completa certamente terá uma compreensão mais ampla e uma carga emocional muito maior.

Um dos grandes trunfos de Dan Da Dan é sua capacidade de abordar temas sensíveis, equilibrando drama e leveza. No Evil Eye Arc, essa característica se mantém ainda mais presente. Embora haja momentos de comédia, o drama é predominante, trazendo uma das narrativas mais densas e emocionais da obra até aqui.

Spoilers a seguir:

Dessa vez, acompanhamos a história de Jiji, amigo de infância de Momo, que rapidamente também se torna amigo e rival amoroso de Okarun. Ao longo do arco, mergulhamos em seu drama pessoal envolvendo um episódio traumático: seus pais tentaram cometer suicídio, e Jiji presenciou tudo, conseguindo salvá-los. Descobrimos, então, que esse acontecimento está ligado a uma maldição provocada por um demônio que habita o subsolo da casa de sua família.

À medida que a história avança, conhecemos Evil Eye, um espírito que carrega um rancor profundo contra os moradores da região. Segundo a lenda local, acreditava-se que era necessário sacrificar crianças para evitar a erupção de um vulcão. Esse ciclo de violência alimentou o ódio do espírito, que acaba se conectando com Jiji, alguém que compreende seus sentimentos. A partir desse encontro, Jiji aceita o espírito e acaba sendo possuído por Evil Eye.

Esse padrão narrativo não é novidade na série. Vimos anteriormente Aira, que foi perseguida por um espírito e acabou absorvendo seus poderes, além de Okarun, que herdou os poderes da Vovó Turbo. O Evil Eye Arc segue essa mesma estrutura, porém, com uma carga dramática muito mais intensa, abordando temas delicados como o suicídio de forma sensível, sem perder sua essência sobrenatural.

Sobre o filme em si, ele entrega os cinco primeiros episódios da nova temporada em formato contínuo. Isso pode gerar certo cansaço para alguns, pela extensão, mas a qualidade da história compensa. Apesar do tom mais pesado deste arco, a comédia segue afiada e funciona muito bem. A animação continua impecável, assim como na primeira temporada, com um trabalho visual deslumbrante. Destacam-se, sobretudo, as cenas envolvendo Evil Eye, onde o uso da cor roxa e dos efeitos visuais dos seus poderes é simplesmente sensacional, criativo e coerente com a proposta estética do personagem.

No geral, a nova temporada promete ser intensa, com muito drama, cenas perturbadoras e, claro, boas doses de humor. O Evil Eye Arc é apenas o início — e se serve de termômetro, o que vem a seguir certamente será tão impactante quanto, senão mais.

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