A equipe do Papo Geek esteve presente em uma das pré estreias mais aguardadas do ano. Assistimos com exclusividade, antes da estreia oficial nos cinemas, o novo live-action da Disney: Lilo & Stitch.
O longa que estreou oficialmente em 22 de maio, adapta a animação original de 2002 em uma história emocionante e muito divertida.
O experimento 626, uma criatura extraterrestre extremamente perigosa, escapa da prisão intergaláctica e acaba caindo na Terra com sua nave desgovernada. Ao chegar, ele rapidamente começa a causar confusão por onde passa — inclusive na vida de Lilo, uma menina solitária e cheia de personalidade, que decide adotá-lo como seu novo cachorro.
Nani, sua irmã mais velha e responsável legal, inicialmente rejeita a ideia. Já sobrecarregada pelas dificuldades da vida e pela responsabilidade de criar a irmã sozinha, ela vê Stitch como mais um problema a ser resolvido. No entanto, aos poucos, uma boa dose de caos, diversão e afeto transforma essa convivência em algo especial.

Desde os primeiros minutos, o filme já entrega uma enxurrada de referências à animação original, agradando os fãs nostálgicos. E o que mais impressiona é a qualidade do CGI: Stitch é retratado com tanto cuidado e carisma que parece real em cada cena. Sua aparência é extremamente fofa, e os efeitos visuais são tão bem executados que raramente se nota qualquer deslize técnico ao longo do longa.
Stitch é, sem dúvidas, o maior acerto do filme. Aqui, ele ganha uma personalidade ainda mais cativante, moldada pelas experiências na Terra e pelos laços que constrói com Lilo. Ele não é apenas uma criatura engraçada e caótica, mas também um símbolo de transformação e pertencimento.

O roteiro, embora diferente do original animado, acerta ao aprofundar a história de Nani. Pela primeira vez, vemos mais da sua luta, força e vulnerabilidade, o que torna a relação entre as irmãs ainda mais tocante. A dinâmica familiar é o coração da narrativa, e ela funciona muito bem.
No elenco, Maia Kealoha brilha como Lilo. A jovem atriz é divertida, expressiva e entrega uma atuação natural que conquista de imediato. Já Sydney Elizebeth Agudong, no papel de Nani, é um verdadeiro destaque: sua performance é intensa, emocional e carrega boa parte do peso dramático do filme. Juntas, elas constroem uma química forte que dá alma à história.

Outro ponto alto do live-action é a forma como ele respeita a ambientação havaiana, não apenas visualmente, mas também culturalmente. A trilha sonora, os cenários naturais e os pequenos detalhes do dia a dia da ilha reforçam a autenticidade e o carinho com que a história foi adaptada. O espírito de ‘ohana’ — a ideia de que família significa nunca abandonar ou esquecer — continua sendo o fio condutor da narrativa, com ainda mais força emocional quando visto em carne e osso.
As interações entre os personagens coadjuvantes também merecem destaque. A presença de figuras como o Agente Bubbles e a Sra. Kekoa adiciona camadas à história, criando momentos de humor, tensão e ternura que equilibram bem o tom do filme. O elenco de apoio funciona com harmonia e contribui para que o universo de Lilo & Stitch ganhe vida de forma rica e coerente.

Visualmente encantador, emocionalmente sincero e tecnicamente bem executado, o live-action de Lilo & Stitch consegue o que muitos remakes falham em fazer: resgatar a essência do original enquanto apresenta algo novo e relevante. É um filme que conversa com fãs antigos, mas também abre as portas para que uma nova geração se apaixone por essa história de amizade improvável, afeto e pertencimento.
No fim das contas, Lilo & Stitch (2025) não é apenas uma reimaginação de um clássico, mas uma celebração do que torna essa história atemporal: a importância da família, do amor incondicional e da coragem de acolher o diferente. Um filme que aquece o coração e nos relembra que, mesmo em meio ao caos, o amor pode ser a coisa mais transformadora de todas.
Não percam, Lilo & Stitch, já disponível nos cinemas!